INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DA IGREJA
Em época de campanhas para eleições presidenciais e demais cargos para a República brasileira, a reflexão sobre como o cristão deve se portar e se posicionar diante das causas sociais e envolvimentos políticos se faz imprescindível. Com uma população tida como “evangélica” crescente a cada dia, não é de se admirar que candidatos surjam idealizando propostas agradáveis ou contrárias aos princípios defendidos nas igrejas.
No entanto, uma participação política que é expressa somente pela eleição ou oposição a candidatos em épocas de eleição é pífia em relação à verdadeira dimensão do que significaria um efetivo envolvimento político em defesa dos valores das Escrituras visando uma transformação social. Evangélicos, de maneira geral, se tornam politizados quando o assunto é a defesa de seus candidatos ou acusação de outros, mas não se mobilizam ao longo dos demais dias pela promoção dos valores de justiça e paz expressos nas Escrituras. Há muita ênfase em oposições, mas pouca participação e engajamento por reais transformações sociais.
Hoje, é lembrado o Dia da Independência do Brasil, sendo esta a data comemorativa de maior expressão patriótica do ano. Mas seria o nosso amor à Pátria grande o suficiente a ponto de nos mobilizarmos de maneira direta ou indireta sobre as instituições do poder público pela promoção do bem comum, o qual evidenciaria o Reino de Deus e apontaria um caminho sensato para o movimento evangélico?
Por isso, a Igreja jamais estará alienada do seu papel político e social, pois o chamado à prática do Evangelho trata-se de um chamado ao envolvimento e infiltração na sociedade e nos poderes que a regem, de maneira direta ou indireta. A Igreja de Jesus não se omite quanto aos seus valores, e não se limita a uma atuação política apenas por candidatos; deve interferir, influenciar e inspirar a sociedade por iniciativas práticas.
Pr. Alex C. Uemura
0 comentários:
Postar um comentário