A SOBERANIA DE DEUS
A soberania de Deus não quer dizer que eu estou livre de responsabilidades. Não significa que eu não tenha interesse pelos assuntos atuais ou que não me preocupe com decisões ou ainda que não seja tocado pelo destino eterno dos perdidos. Não se trata disso. É preciso haver um equilíbrio. Em seu livro "Mais Perto de Deus", A. W. Tozer escreve estas palavras muito sábias:
"Deus decidiu soberanamente que o homem deveria ser livre para fazer escolhas morais, o que tem acontecido desde o princípio, mediante escolhas feitas entre o bem e o mal. Quando o homem escolhe fazer o mal, não está tentando equilibrar-se com a vontade de Deus, mas a está cumprindo, visto que o decreto eterno de Deus decidiu que o homem estaria livre para tomar suas próprias decisões."
Por incrível que possa parecer, esta escolha inclui nossa opção pelo destino que queremos ter. Eu pessoalmente creio que o Senhor nosso Deus nos deu o privilégio da escolha. Podemos optar por concordar ou discordar. Mas não podemos escolher as consequências. Se optamos por desprezar a pessoa de Jesus Cristo, estamos assim sob o decreto da punição eterna de Deus. Se nos decidimos a favor de Jesus Cristo, então herdamos todas as bênçãos do céu - a benção do perdão de pecados e da eternidade com Deus. Deus governa. Deus rege. E seu caminho é perfeito.
Aonde isso tudo vai nos levar? "A Ele, pois, a glória eternamente, Amém!" E não pense que a maioria das pessoas liga para isso. A maioria de nós pensa assim: "Como vou receber a glória: De que maneira serei beneficiado? Como serei abençoado?"
No plano soberano de Deus, a vida pode ser dolorosa, desapontadora, difícil, inexplicável, confusa e profundamente misteriosa. Mas, por meio de todas as coisas, Deus, de algum modo, receberá toda a glória.
Penso nisso quando leio esta passagem:
24 Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. 25 Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. 26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. 28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
I Corintios 15:24-28
Todos chegaremos ao fim de nosso tempo, aquele momento anterior ao passo em direção à eternidade. E Deus está cumprindo os planos finais para esta terra e todos os seus habitantes. Amo esta passagem porque ela é tão clara, tão definitiva: "então virá o fim".
Não é impressionante? Bem no final nós lemos o objetivo derradeiro: "para que Deus seja tudo em todos!"
Mesmo na hora da tragédia? Mesmo na hora da tragédia. Nas perdas? Nas perdas. Na alegria e na tristeza? Sim, mesmo nessas situações. Até nos terremotos? Sim. Não sei como. Não sei por quê. Porém, mesmo na calamidade, mesmo quando seu lar for partido, mesmo ali "todas as coisas lhe estão sujeitas...para que Deus seja tudo em todos".
Extraído do livro "O Mistério da Vontade de Deus" de Charles Swindoll
